Quem olha apenas os números, deve achar que o Fluminense saiu vitorioso do clássico diante do Vasco, na última quarta-feira, na Ressacada. Afinal de contas, o Tricolor teve muito mais posse de bola, finalizou o dobro de vezes e levantou quatro vezes mais a bola na área do adversário. Porém, foi um domínio pouco objetivo, que propiciou que os cruz-maltinos fizessem 40 desarmes a mais no confronto, vencido por 1 a 0, gol do zagueiro Cris.
Por sinal, o defensor, bastante criticado pela torcida do Vasco, além de ter marcado em sua única finalização e no único cabeceio do time no jogo, foi, disparado, quem mais desarmou: 15 vezes, número superior ao de toda a equipe tricolor, que fez 14 desarmes em toda a partida.
Isso é fruto do fato de o Fluminense ter passado muito mais tempo com a bola. Foram 59% de posse para a equipe de Vanderlei Luxemburgo, contra 41% do Vasco. No entanto, o Tricolor, mesmo tendo atuado todo o primeiro tempo sem um centroavante de oficio, com o ataque sendo formado por Rafael Sobis e Biro-Biro, abusou do chuveirinho. Foram 25 bolas levantadas, contra somente seis do Vasco.
Mesmo insistindo no jogo aéreo, o Fluminense cabeceou apenas duas bolas, uma com Samuel e outra com Wagner, que foi quem mais finalizou no jogo – três vezes, contribuindo para os 12 arremates do time na partida. O goleiro cruz-maltino Diogo Silva, contudo, se saiu bem, com três defesas difíceis no clássico. O Vasco finalizou apenas metade das vezes e Kléver fez somente uma defesa difícil, em chute de fora da área de Francismar. O estreante foi quem mais chutou pela equipe de São Januário, duas vezes.