Por três votos a zero, o Vasco venceu na tarde desta quarta-feira, no TJ-RJ, o julgamento de liminar contra 777 e manteve o controle da SAF vascaína com o clube associativo. O pedido da empresa americana foi indeferido pelos desembargadores da 20ª Câmara de Direito Privado, que mantiveram a decisão até que seja julgado o mérito da disputa.
Desde o dia 15 de maio do ano passado, os efeitos do contrato entre o Vasco e a 777 Partners estão suspensos, e o poder político da SAF é do clube. A empresa americana teve o seu recurso negado para retomar o controle do futebol do clube, neste momento.
Um dos representantes do Vasco no julgamento, Felipe Carregal, vice-presidente jurídico do clube, falou com a imprensa no TJ-RJ e afirmou que o Tribunal levou em conta uma "gestão temerária" da 777 Partners. De acordo com dirigente, a empresa não vinha pagando as dívidas do clube e não estava cumprindo certas obrigações contratuais da SAF.
- O Tribunal acabou de confirmar aqui: três a zero. Basicamente, o Tribunal entendeu, com base nas demonstrações financeiras da época, que a empresa não vinha pagando as dívidas do clube, além de não cumprir certas obrigações contratuais. Isso demonstra, no mínimo, uma gestão temerária. O Tribunal foi enfático nesta questão que a 777 não atacou as dívidas do clube, e ela tinha obrigação.
Carregal também indicou que a decisão traz estabilidade ao clube e contribui para negociações com possíveis investidores para a revenda da SAF.
- Essa decisão reforça o nosso direito, reforça o que a gente entende como gestão temerária. E, agora, vai ser discutido o mérito na arbitragem. Contribui (nas conversas com investidores) porque traz mais estabilidade. Essa decisão de primeira instância acaba de ser validada pelo Tribunal por três a zero. Então, isso reforça a nossa posição e traz estabilidade - comentou Carregal.
A decisão de maio do ano passado, assinada juiz Paulo Assed Estefan, tirou o controle do futebol do Vasco da empresa americana e devolveu à gestão do clube associativo, presidido por Pedrinho. A 777 entrou com agravo para tentar voltar ao comando e conseguir dinheiro com uma possível revenda da SAF.