Carlos Germano definiu bem o sentimento que ronda todos em São Januário. Rebaixamento é um pesadelo que ninguém quer viver e, do alto de sua idolatria, já que é tão ou mais requisitado que os atuais jogadores do Vasco para fotos e autógrafos, o treinador de goleiros não tem a menor dúvida de que quem estiver no grupo, tenha ou não culpa no cartório, vai ficar marcado para a eternidade: Se o Vasco cair, a cruz de malta vai ter que passar a ser preta, em sinal de luto. É uma cicatriz que vai marcar para sempre clube e jogadores.
Talvez por isso, hoje em dia os jogadores do Vasco andem como se estivessem pisando em ovos. Ninguém tem vontade de demonstrar felicidade, a expressão de preocupação é uma tônica. Até mesmo quem está com o destino traçado fora de São Januário evita assuntos mais objetivos em relação a futuro.
Ninguém quer falar algo diferente das dificuldades que o Vasco vai ter domingo, contra o Vitória. É o caso de titulares como Leandro Amaral, que todos sabem que tem possibilidades de voltar ao Fluminense, mas está em dúvida porque Corinthians, América do México e Cruzeiro também demonstraram interesse em contratá-lo.
Como ele resolveu sua vida no dia em que aceitou retirar a ação que tinha na Justiça contra o Vasco, em novembro, na qual lutava para não ter de cumprir uma extensão contratual, agora ele espera o fim do Brasileiro sem querer se queimar ainda mais com a torcida vascaína.