Antes da partida de hoje contra o Avaí, o Vasco já caiu o que tinha que cair na tabela. Com os resultados de ontem, entramos em campo na 12ª posição. E, na pior das hipóteses, ficaremos nessa posição ao final da rodada, já que nenhum outro clube conseguirá nos ultrapassar.
Mas é CLARO que isso não é vantagem nenhuma. Não há outro resultado a se considerar para o Vasco além da vitória. Se até o campeão dos empates conseguiu vencer uma fora de casa, como a torcida poderá admitir qualquer coisa diferente dos três pontos? Mesmo que não estivessemos hoje na parte debaixo da tabela, não poderíamos mais admitir fracassos dentro de São Januário. E se pensarmos que uma derrota sobre o time catarinense nos fará subir pelo menos três posições na classificação, fica ainda mais óbvia a necessidade do resultado.
Depois de um bom começo no campeonato, o Avaí vem literalmente caindo pelas tabelas e já está há sete partidas sem vencer. O veterano treinador Antônio Lopes, naquele desespero que conhecemos bem, modificou radicalmente a equipe: colocou mais um zagueiro no time e vai a campo com apenas um atacante fixo na frente. O que podemos esperar é um Avaí fechadinho, esperando aparecerem espaços para o contra-ataque. A nosso favor, além de jogarmos em casa e diante da nossa torcida, teremos o já citado desespero da equipe catarinense e a possível falta de entrosamento do time nesse novo esquema. Mesmo assim, não podemos vacilar com o Vandinho, que retorna de contusão para a partida e com o sr. Sávio, que apesar de bem rodado e de jogar praticamente como um ala, pode ser perigoso.
FTA situação do Vasco também não é das mais confortáveis. Lutando contra enorme série de empates, o time precisa vencer e os próprios jogadores já falaram que a ansiedade por bons resultados vem atrapalhando. Além disso, quando todos contavam com a presença do Carlos Alberto e do Felipe, os dois foram vetados e não jogam. Outro desfalque, esse que nem dá pra afirmar que será muito sentido, é do Nunes, que se sentindo longe da forma ideal, pediu para não jogar. Assim o Vasco entra em campo com a velha formação de sempre, um 4-4-2 com três volantes (ou seria um 3-5-2?) , Zé Roberto na armação e Rafael Coelho voltando a atuar ao lado do Éder Luis no ataque.
Com o Coelho na frente, teremos uma movimentação maior na frente. Isso deve melhorar o time, já que a experiência com a referência na área Nunes não vinha dando certo. O ataque terá, além das jogadas com Zé Roberto, a ajuda das duas laterais. Com a volta do Ramon, voltaremos a ter um lateral esquerdo que apóia bastante. Não devemos esperar uma atuação de gala do Ramon depois de tanto tempo fora de combate, mas com certeza ele será mais efetivo nas subidas ao ataque que o Jumar. Por outro lado, a cobertura das laterais terá que ser feita com cuidado redobrado, ainda mais que o Avaí virá com dois jogadores bem abertos pelas pontas. Nilton e Rafael Carioca terão que conter seus avanços e Fellipe Bastos precisará ajudar mais na marcação.
Nem preciso terminar o post falando que temos plenas condições de ganhar. Mesmo que não tivéssemos, o time teria que se virar e conseguir a vitória. Jogando em casa, o Vasco não pode mais perder pontos. Depois da sequência de vaciladas que a equipe vem dando, precisamos recuperar o terreno perdido: é ganhar hoje pra se juntar no bolo de cima e, aos poucos, voltar a almejar a vaga na Libertadores. O jogo contra o Avaí tem que ser o ponto de virada do Vasco no campeonato. Por isso a única opção hoje é vencer.
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Questão de matemática: com a segunda cota da Eletrobrás liberada, o patrocínio já rendeu aos cofres do clube cerca de R$ 15 milhões. Agora somem o que o clube conseguiu com patrocínios nos últimos anos e vejam a diferença. E isso pra ficar apenas na estatal.
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