Era um clássico para o Fluminense vencer e se consolidar como "O" desafiante ao Flamengo, favoritíssimo à conquista de seu sexto tricampeonato estadual.
Tem uma base mais experimentada, com jogadores talentosos e vitoriosos mesclados a jovens revelações, e um contexto mais favorável para o confronto.
Mas terminou em 1 a 1, com gols dos artilheiros Cano e Fred.
Foi o Vasco, porém, quem esteve mais próximo da vitória - e não apenas pelo volume no segundo tempo, tampouco pelas chances de gol desperdiçadas.
Foi mesmo pela postura anímica diante de um Fluminense mais cadenciado, na batida do trio Egydio, Nenê e Fred – ainda em fase de recondicionamento físico.
É curioso que Roger Machado tenha transformado Michael Araújo em peça descartável – neste clássico, estava no banco de reservas e não foi utilizado.
Curioso, porque o meia-atacante esteve em campo nos três jogos vencidos pelo Fluminense, e ausente nos outros quatro não vencidos pelo time tricolor.
Não consigo enxergar o fator que determina a preferência pelo jovem Luiz Henrique e, olhando para o desempenho com o uruguaio, considero um equívoco.
Marcelo Cabo, por sua vez, ainda que atrasado por não ter o elenco fechado, consegue ao menos esboçar o modelo de jogo – e isso dá novo alento ao torcedor.
Os bons resultados não chegaram (um pouco por falta de sorte, outro tanto por imaturidade), mas o "giro do motor" aumentou.
Principalmente com a dupla Figueiredo e Laranjeira, atacantes que compensam a falta de virtuosismo com imposição física e verticalidade.
Entre tantas carências, o Vasco precisava arranjar uma referência de qualidade para ditar o ritmo e ajudar o time a abrir os caminhos.
Porque, por ora ainda, é impossível enxergar o horizonte - falta que faça o papel do almirante.